Dezembro 9, 2009
por mastiphal
Como tem sido noticiado últimamente está a decorrer em Copenhaga uma Cimeira Mundial que conta com a participação de cerca de 100 governos, de forma a rectificar o Protocolo de Quioto. Tudo isto até seria muito bom, se não fosse o Protocolo de Quioto a sorte grande, o de Copenhaga a terminação… No mau sentido claro está!
Uma fuga de informação viu hoje a luz do dia e está a por em causa tudo aquilo que nos têm levado a crer com Quioto e como este novo encontro.
Um esboço que se acredita foi já mostrado e acordado com nações como o Reino Unído, Estados Unídos, proposto pelos próprios anfitriões da cimeira, surgiu como uma fuga de informação, e onde se coloca como fasquia o aumento de apenas 2 graus célcius na temperatura do planeta, uma redução das emissões dos transportes aéreos e navais, e um corte de até 50% nas emissões de carbono até 2050. Tudo isto era porreiro, não fosse esse corte de 50% suportado maioritariamente pelos paises em desenvolvimento, contrariando assim o Protocolo de Quioto que dava permissas aos paises mais pobres em poderem desenvolver-se e emitirem gáses nocivos para atmosfera e por sua vez os mais desenvolvidos contrapunham na balança menos emissões de forma a tudo ficar mais ou menos nívelados.
As nações sub-desenvolvidas receiam então que o documento, caso seja aprovado, os limites não sejam impostos através do nível de desenvolvimento e da população, mas sim através de acordos que estejam na conformidade e que respeitem o critério impostos pelos países mais desenvolvidos.
Depois de o jornal britânico “The Guardian” ter publicado o chamado documento dinamarquês, as negociações entraram em crise no segundo dia da cimeira. Os países em desenvolvimento terão ficado enfurecidos com as informações de que na próxima semana os líderes mundiais iriam ser confrontados com um acordo que prevê a entrega de mais poder aos países ricos, e que iria dar às Nações Unidas um papel mais lateral nas futuras negociações sobre as alterações climáticas.
Os países em desenvolvimento queixam-se, nomeadamente, de que serão fixados limites desiguais para as emissões de carbono em 2050, dando aos mais ricos a possibilidade de emitir praticamente o dobro do que seria aceite para os países em desenvolvimento. Esta seria uma enorme inversão do princípio do protocolo de Quioto que determina que são os países desenvolvidos que mais têm de agir para reduzir as emissões de CO2.
Para além disso, prevê-se que o controlo financeiro das alterações climáticas seja entregue ao Banco Mundial, abandona-se o Protocolo de Quioto, quando o que muitos defendiam era a sua extensão já que é o único tratado internacional vinculativo sobre os cortes das emissões; e torna-se o dinheiro destinado a ajudar os países pobres dependente de um conjunto de medidas a serem tomadas.
Podem ver o tal esboço através do Site do The Guardian, isto é… Enquanto for possível visualiza-lo.
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