A Próxima Crise Financeira (The Next Financial Crisis)

Penso que a esta altura seja óbvio que estão surgindo inúmeros documentários e filmes sobre o estado atual do planeta: crise, economia, recursos. Talvez esta produção videográfica massiva seja um sintoma do que passa agora no mundo. É curioso ver como tudo isto evoluiu e como ao mesmo tempo que parece exagerado, parece também necessário e compreensível.
Digo isto tendo em conta o pensamento inicial do Blog e como mensagem direta aos seus fundadores e seguidores mais próximos.

Penso que estamos na bifurcação de dois caminhos, ou o cambio radical ou a aniquilação do nosso sistema (desculpem a palavra).

Desculpem as palavras negativas, quero começar trazer notícias positivas e ideias novas aqui para o blog.

Sinto também a necessidade de lhe mudar um pouco a cara :-p
mas cada coisa a seu tempo.

deixo-vos com mais um filme/doc sobre a próxima borbulha económica.

Um canhão no cu

O original encontra-se em http://cultura.elpais.com/cultura/2012/08/13/actualidad/1344875187_015708.html
e a tradução em http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO056741.html?page=0
(foram efectuadas pequenas alterações)

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

Se percebemos bem – e não é fácil, porque somos um bocado tontos –, a economia financeira está para a economia real assim como o senhor feudal está para o servo, como o amo está para o escravo, como a metrópole está para a colónia, como capitalista manchesteriano está para o operário superexplorado. A economia financeira é o inimigo de classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de uma criança num bordel asiático. Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de a teres semeado. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, ainda que vás à merda se baixar. Se o baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que tenhas caído, ainda que não haja nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.

Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta geralmente compra é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspectiva do terrorista financeiro, não é mais do que um tabuleiro de jogos no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.

A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o carácter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país, este no caso, pouco importa, e diz “compro” ou diz “vendo” com a impunidade com que aquele que joga Monopólio compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.

Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno de milhares ou milhões de pessoas que antes de irem para a labuta deixaram no infantário público, onde ainda existem, os seus filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas superprotegidos, é claro, por essa coisa a que temos chamado de Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres são desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.

E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, desviam-se num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro. Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem infantário ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos agora mera mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.

A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com rupturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas acções terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.

A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A actividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.

Aqui alteram o preço das nossas vidas a cada dia sem que ninguém resolva o problema, pior, enviando as forças da ordem contra quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as forças da ordem empenham-se a fundo na protecção desse filho da puta que te vendeu, por meio de um roubo autorizado, um produto financeiro, ou seja, um objecto irreal no qual tu investiste as poupanças reais de toda a tua vida. O grande porco vendeu-lhe fumaça com o amparo das leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.

Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e facturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passe a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do seu sequestrado.

Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos.

Profissão: Ex-ministros (ou Cosa Nostra à portuguesa)

Os Donos de Portugal

Negócios da Semana – A Máfia das Parcerias Público-Privadas em Portugal (04-07-2012)

CIDADES FANTASMAS – A FARSA DO CRESCIMENTO CHINES

“Tragédia & Esperança: A História do Mundo dos nossos Tempos”

Começou o maior projecto de tradução colaborativa de todos os tempos…

2 séculos

1300 páginas

“Tragedy & Hope: A History of The World In Our Time”
“Tragédia & Esperança: A História do Mundo dos nossos Tempos” (proposta de tradução do título)


O maior e mais compreensivo manual histórico para entendermos porque afinal ficámos assim, mal.

De Inglês para Português

Tradutores PRECISAM-se!

Versão resumida (150 páginas em inglês)

Versão integral em pdf (1300 páginas em inglês)

Outro Livro muito interessante deste senhor:

“The Evolution of Civilizations” (414 páginas em inglês)

Acesso ao ficheiro de coordenação de traduções

“Um dia a vossa vida irá passar-vos diante dos vossos olhos. Assegurem-se de que seja um espectáculo ao qual valerá a pena assistir!” ~Gerard Way

“One day your life will flash before your eyes. Make sure its worth watching.” ~Gerard Way

Españistán, de la Burbuja Inmobiliaria a la Crisis

por Aleix Saló

Zeitgeist: Moving Forward – Versão Online Lançada

Edit por jmct:

Devido à forte imagem que estava como thumbnail do vídeo, decidi apenas colocar o link para o YouTube.

http://www.youtube.com/watch?v=4Z9WVZddH9w

Cosas que desaparecen

Deixo-vos con um texto que saiu no “El Paìs”

Cuando no hay más lógica que la económica y solo ella dicta las normas, muchas cosas desaparecen. Desaparece la gente de las ventanas, porque el tiempo que hasta mediados del siglo XX se empleaba para ver pasar a la gente por la calle o para escuchar el canto de un pájaro se necesita ahora para hacer algo provechoso, es decir, para ganar algunos euros, o para preparar un examen, o para solucionar un asunto, o dos asuntos. Desaparece también la conversación, porque, al haber siempre un quehacer, la gente lo deja para otro día, otro sábado, otro verano. Desaparece igualmente la amistad, porque es difícil quedar, porque la gente tiene la agenda rellena. Por la misma razón desaparece la vida familiar. Como decía un tango, la gente llega a casa deshecha por la máquina, sin más gana que la de ver televisión. Además, siempre hay una llamada telefónica pendiente.

Continuar a ler…

200 paises, 200 anos, em 4 minutos

O vídeo que vos mostrarei de seguida, representa um excerto do documentário “The Joy of Stats” da BBC, no qual Hans Rosling mostra-nos de forma bastante apelativa a evolução da riqueza e esperança de vida de 200 países durante os últimos 200 anos.

Ler mais deste artigo

Eric Cantona – Accion Mundial Contra los Bancos

Curso do Crash – Crash Course by Chris Martenson

Deixo-vos com uma palestra slideshow (documentário se preferirem) sobre o estado actual do mundo. Este documentário está bastante sóbrio, pondo de parte qualquer assunto religioso, de conspiração e senhores do mundo ou grupos activistas; resumindo-se por isso apenas a números e factos.

Acho que não vale a pena dizer que é de visualização obrigatória.

O documentário encontra-se em duas versões, inglês e inteiramente traduzida em Português. A tradução é oficial e autorizada pelo autor. O documentário é livre e gratuíto. Não sei quem foi o responsável pela tradução, mas desde já agradeço imenso.

O autor da palestra é Crish Martenson, PhD, bioquímico, neurotoxilogista, etc… link para o site oficial do documentário: http://www.chrismartenson.com/

Links de download directo:

Português – http://dl.dropbox.com/u/2704566/Crash_Course__Peak_Oil_-_Economy_-_Banking_-_Economic_collapse___Chris_Martenson.rar

English – http://dl.dropbox.com/u/13187592/Crash%20Course_Chris_Martenson_Eng.avi.zip

best of socrates (2009 – 2010)

ehehe,

deixo-vos com o post d’O Vigia onde encontrei o vídeo.

O mal de tudo isto é que eu acredito que o Sócrates não tinha mesmo intenção nenhuma de aumentar os impostos.. pois nada disso é mesmo controlado por ele. Ontem ao ver o The Euro – The Facts apercebi-me como realmente os países da Zona Euro não são mesmo mais países. Tal como temos diferentes autarquias com diferentes partidos a governar e com diferentes dialectos em cada cidade de Portugal, agora temos diferentes países com diferentes governos a falar diferentes línguas mas todos governados baixo o mesmo estado económico, o Banco Central Europeu. Ou engano-me? Não estou a dizer que isto é mau ou bom, estou apenas a referir o que é. Sendo assim não temos mesmo mais controlo na nossa economia nem nas nossas contas. Estar o PS o PSD ou um copo de plástico a governar Portugal vai dar ao mesmo, pois governar só mesmo no papel.

Penso que é isso que ainda não nos apercebemos, que Portugal já não existe como país, e que isto de eleições e partidos é tudo fantochada de primeira linha.

Em relação ao Euro – The Facts, comecei ontem a trabalhar na legendagem da coisa. Espero dentro em breve conseguir ter isso legendado para postar, penso que vai ser bom correr isso por Portugal. Se houver algum entusiasta que me queira ajudar na tradução eu estou a trabalhar em .srt é só enviarem um mail. Obrigado.

Até breve 😀

The Euro – The Facts