A evolução em directo: Os lagartos das dunas brancas

Para um amante de Biologia não existe nada mais fascinante que contemplar o processo evolutivo em plena acção. Isso aconteceu com a doutora Erica Rosenblum, da Universidade de Idaho, que há cerca de uma década estuda os lagartos do deserto de White Sands, no Novo México, e descobriu que várias espécies aclararam os seus tons de pele em apenas uns milhares de anos e agora facilmente passam desapercebidos nas areias brancas do deserto. Mas a sua descoberta é ainda mais interessante: espécies diferentes chegaram à mesma solução através de mutações diferentes, é como se a Natureza encontrasse sempre uma saída!

O processo geológico que formou este deserto foi bastante rápido e sucedeu à apenas 6000 anos. Da mesma forma que já aconteceu noutros ambientes, esta mudança súbita colocou os lagartos de cor castanha numa posição desfavorável: começaram a ser mais visíveis  pelos predadores do que aqueles cuja pele era um pouco mais clara e que assim eram favorecidos para sobreviver. Ler mais deste artigo

As contradições com o nascimento de Jesus

ATENÇÃO: Com este post não estou a querer afirmar que acredito que Jesus tenha alguma vez existido.

Segundo o Cristianismo Jesus acaba agora mesmo de nascer (25 de Dezembro às 00:00, altura deste post), e como será de esperar todos nós estamos de roda da família a dar início à entrega dos presentes.

Pois heis aqui a minha prenda a todos vós: Jesus não nasceu nesta data, e a bíblia encarrega-se de desmentir tal facto, senão vejamos. Ler mais deste artigo

Perguntas Difíceis para os Crentes?

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Darwin’s Brave New World

Darwin's Brave New World

A teoria da evolução através da selecção natural foi a ideia mais radical dentro da sociedade conservativa da Inglaterra do século XIX. Darwin passou dezenas de anos de trabalho em segredo, de forma árdua juntanto todas as peças do puzzle acerca da teoria da evolução  da vida na Terra, uma teoria que revela a beleza e crueldade da natureza. Darwin conhecia o poder do seu trabalho, poder esse que ainda hoje gera um feróz debate acerca do creacionismo/evolucionismo, volvidos já 150 anos.

“Darwins Brave New World” é uma série de 3 episódios que nos mostra de uma forma fantástica e incrível a história da sua brilhante mente, e a sua luta frente aos dogmas da época. Com comentários de grandes cientistas como Richard Dawkins ou David Suzuki.

É aqui possível vislumbrar de uma forma incrível como Darwin lutou durante tantos anos de forma a ter todas as certezas de que a sua teoria não teria qualquer lacuna ou falha de concepção. Vemos aqui um Darwin com problemas familiares e de saúde, um Darwin que sem a ajuda dos seus amigos e apoiantes cujo trabalho em conjunto tornou possível que tal teoria fosse realizada de forma tão simples e bela. Uma série MUST SEE para todos nós.

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The God Who Wasn’t There (SoundTrack)


Finalmente em CD!!

Tinha desejado por esta banda sonora mesmo ao ver o filme. Nunca pensei que viesse a ser publicada uma OST.

Divirtam-se está mesmo muito boa!

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This is just a simulation…

O Deus que não estava lá (The God Who Wasn’t There)

O Deus que não estava lá” (The God Who Wasn’t There) é um documentário criado por Brian Flemming. Brian qustiona a existência de Jesus Cristo como uma personagem real, expondo algumas evidências que apoiam o carácter mitológico de Jesus.

Brian foi em tempos Cristão e agora é autor deste documentário.

O filme é pequeno e bastante leve de se ver.
Este ano tem sido um ano de muita controvérsia ‘Darwin vs. Deus’, algo que nunca tinha visto. Juntamente com a polémica gerada com a primeira parte de Zeitgeist, O Filme, espero que este filme traga de novo à tona a necessidade de repensarmos o que já ‘sabemos’.

Download:
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Legendas Português

Afinal, o que é que é mais importante para a nossa estabilidade mental? Aceitar como certo o que acreditamos ou procurar por uma certeza maior?

Waking Life

“Acordando a vida” talvez esta seja uma possível tradução, mas talvez não seja correcto traduzir este filme – Waking Life.

Um filme filosófico, cujas imagens surgem como animações flash. Bastante diferente. Calmo, profundo.. vale muito a pena ver. Far-vos-á reflectir.

Fica o link para as legendas em português aqui.

Zeitgeist refutado…

Ontem o nosso colega de blog João Teixeira mostrou-me uma série de vídeos no youtube intitulados de: “Zeitgeist Refutado”. Fazendo uma breve pesquisa e vísualizando um pouco dos vídeos deparei-me com o facto que este vídeo era uma espécie de ”Zeitgeist” ao “Zeitgeist 1”, nomeadamente à primeira parte onde se abomina as ideologias religiosas e tudo o nela advêm.

Tomei o filme como uma espécie de recurso à boa moda dos recursos judiciais onde se pretende refutar a ideia da não existencia de qualquer Deus ou de um Jesus salvador.

O nome original do vídeo é: “ZEITGEIST: O ESPÍRITO DE UMA ÉPOCA… REFUTADO”!! Não será este nome um pouco ambíguo? O proprio “Zeitgeist” não passa de uma refutação ao espírito existente nos ultímos 2000 anos?

O vídeo tenta com base em 8 pontos, tentar refutar tudo o que nos é instruido no “Zeitgeist original”, irei aqui então enumerar esses pontos, mostrando o que se tenta incutir no “Zeitgeist Refutado” e por consequente refutar a própria refutação. (Peço desculpa pela extensão mas tal foi necessário):

Ponto 1– Foi o cristianismo criado para controlo social?

As bases da refutação destes ideais impostos atravéz do “Zeitgeist original ” tem como base passagens bíblicas, onde Jesus ou outras personagens fictícias (sim, fictícias…) existentes na bíblia, condenam a elite política de esbelecer e impor regras autoritárias ao seu povo, ou mais recentemente na nossa era o chamado “Big Brother” onde a tendencia é um controlo maior das pessoas com a implementação de dispositivos electrónicos implantados no nosso corpo. Especialmente mostrando passagens do “Apocalipse” de João onde através de uma aparição Deus mostrou-lhe o que está para vir, como guerras, fome, pobreza, “impérios da besta” e um domínio mundial de um só governo controlado por 10 reis. Estes são os argumentos. O cristianismo não foi criado para controlo social porque o próprio abomina o controlo social, MAS afirmam no “Zeitgeist refutado” que muitas vezes este foi usada com base nisso mesmo… DAHHHHH!!!!

Ponto2 – Quem são as fontes das ideias do Zeitgeit?

Aqui falam do facto de o primeiro terço do “Zeitgeist original” ter como base cerca de 200 fontes exteriores para corruburar os seus ideais, mas que estas fontes são citadas inumeras vezes repetidamente como Timothy Freke e Peter Gandy citado 7 vezes, Acharya S e D.M. Murdock (que se trata da mesma pessoa) 29 vezes e outros tantos que são citados inúmeras vezes. A base para estes outros trabalhos “anti-cristo” germinou nas mentes de outros tantos que na sua altura eram homosexuais, professores ateus ou até mesmo praticantes druidas e místicistas. O livro da autora Helena P. Blavatsky, “A doutrina secreta” que é citado no “Zeitgeist original” fazia parte dos livros preferidos de Adolf Hitler para fundamentar os seus ideias de raça superior e que portanto não podia ser uma boa base para nenhuma teoria. O que o autor deste “Zeitgeist aldrabado” não se apercebeu é que a citação existente n”A doutrina sectreta” é apenas uma refutação à história de Moisés e em nada tem a ver com os ideais de raça superior ou outro tipo de tendencias existentes no livro de Helena Blavatsky. Esquecem-se no entanto que o cristianismo tem como base APENAS um lívro escrito à 1800 anos e que as edições actuais pouco ou nada de oríginal têm em comparação com os primeiros existentes.

Ponto3 – Está o evangelho baseado na astrologia?

Esta começa bem e acaba que é um espectáculo. A ideia é que a Vírgem Maria é uma analogia ao signo Vírgem e que Belem significa “casa do pão” como também é conhecida a constelação Virgem (“Zeitgeist original”). Aqui vão buscar uma autora de lívros do paranormal e da astroligia que em dada altura disse: ”Não podemos criar histórias a partir de nome como Virgem, Leão, Touro. Porque é que a história não começa com Aquário? Se fosse assim então Leão estaria antes de Virgem, ainda que Leão é supostamente Jesus. Parece-me que isto viria depois de Virgem e não antes na história”. Para um autor de um documentário cristão que é contra qualquer tipo de explicação paranormal e que tenta refutar qualquer indício astrológico existente na história de Jesus, certamente vão buscar uma boa fonte, não acham?

A refutação do ideal descrito no “Zeitgeist original” de que Jesus é o Sol, e os seus doze apóstolos são as 12 constelações ou signos por onde o Sol passa no seu movimento de translacção, têm uma série de coincidencias demasiado grandes para apenas tentarem ter como base em alegorias ou transcrições biblicas que na realidade corroboram mais com a ideia descrita no “Zeitgeist original” do que com as suas refutações… Novamente aqui a base são citações biblicas, que para além de terem sido escritas muito depois dos factos acontecerem estes mesmo foram alterados ao longo dos tempos.

Neste ponto há uma passagem interessante, o profeta Isaías disse: “Voces que estão cansados com os seus muitos conselhos, deixem agora os astrólogos, aqueles que profetisam penas estrelas, e predizem pela lua, levantem-se e salvem-se do que virá sobre voces. Veja, pois, eles se tornarão como restolho, o fogo os queimará, eles não se podem salvar do poder das chamas.” Isaías 47:13-14

Okey, lá em cima os astrólogos eram uns porreiros que até corroboravam com as ideias do “Zeitgeist refutado”, mas agora já são maus e serão condenados para todo o sempre.

Ponto4– É Jesus Cristo um mito pagão?

Novamente aparecem os avisos bíblicos de que apareceriam muitas descrenças religiosas, e falsos cultos com diferentes interpretações. Certamente quem segue o OdeTriunfante já ouviu falar de Horus, que alegadamente e segundo o “Zeitgeist refutado” existiam vários deuses e versões do deus Horus e que não existe nenhum texto escrito acerca da história de Horus anterior ao nascimento de Jesus. Tudo falsamente errado, os primeiros indícios de Horus datam do ano 3000 a.c., também só apareceram os indicios da existencia de Jesus algures 50 a 100 anos após o seu nascimento, não foi o seu nascimento tão importante que vieram pastores e reis de todos os lados idolaterarem-no. Então onde estão os registos escritos desses reis? Onde estão os registos do Rei Herodes que declarou a morte de todos os bébes aquando do nascimento de Jesus para garantir que ele era o unico rei dos Judeus! Ah pois, existe um livro chamado a bíblia… Certamente existe uma fusão do dívino de Horus ao longo dos tempos, mas também é obvio que no cristianismo isso aconteçe, caso do natal que era uma crença pagã de adoração ao solestício de Inverno, assim como a páscoa que era uma celebração da passagem do inverno para a primavera e simbolizava a fertilidade dos campos (dai o coelho da páscoa), durante a época das colheiras. Outras semelhanças com Átis (1200 a.c.), Mithra (1200 a.c.), Krishna (900 a.c.) e Dionisio (500 a.c.) têm fontes com bases crenças pré-existentes a Jesus. O autor de “Zeitgeist refutado” deve de ter feito uma pesquisa muito paupérrima pois certamente teria sabido que todas estas dívindades existiam antes sequer de Jesus ter supostamente nascido e que defacto as semelhanças com a História de Jesus são reais e era aquilo que os seus seguidores da alturas acreditavam. Novamente, a bíblia avisava que eles viriam… Mas eles já existiam antes sequer da bíblia. A arca de Noé também é aqui citada como sendo a versão verídica dos factos porque a outra arca descrita na Epopeia de Gilgamesh, simplesmente a arca desta epopeia era uma espécie de cubo enquanto que a arca descrita na bíblia segundo engenheiros navais tinha possibilidades de superar ventos ciclónicos e mares revoltos. Moisés não se trata de uma cópia do mito de Sargão de Acádia porque o mito surge algures entre 2039 e 624 a.c., Moisés foi datado do ano 1400 a.c. e de que ambas as histórias são um arquetipo porque na altura era comum os pobres abandonarem as crianças e os ricos as adoptavam.

Ponto5– Existem alguma evidencia histórica de Jesus Cristo?

Aqui as alegações passam para o ponto do ridículo.

O autor de “Zeitgeist refutado” afirma que as evidencias para a existencia de Jesus são muito maiores do que as evidencias da existencia de grandes marcos históricos como Julío César, Confúcio, Buda ou Alexandre o Grande. Se os historiadores dessem o mesmo nível de rejeição a estes do que deram a Jesus toda a história teria de ser reformulada. Pura ideotice, Confúcio está enterrado em Qufu na China. De Alexandre o Grande existem bustos datados do seu tempo, bem como relatos e evidencias da sua existencia e das suas conquistas por todo o médio oriente. Júlio César está superdocumentado, existem bustos, cartas escritas por ele, leis, moedas cunhadas com a sua cara, lívros de sua autoria. É uma marca histórica inapagável por completo, evidências esmagadoras… As figuras históricas como o Imperador Tibério Cesar, regente do império romano na altura do nascimento de Jesus Cristo, têm sempre objectos palpáveis como bustos, moedas cunhadas, leis autorgadas por eles, cartas e pergaminhos, inclusivé livros onde chegaram os originais aos nossos dias. É claro que não podemos negar a existencia de uma pessoa só porque não deixou nada escrito ou uma figura de pedra com a sua cara, mas também isso não pode ser evidenciado como prova da sua existencia. De seguida mostram uma série de transcrições de historiadores pós-Jesus que afirmavam que os cristãos ou gnósticos da época sofriam porque acreditavam na existencia de Jesus. É isso uma prova de que Jesus viveu? NÃO!!!! Todos os escritores citados neste “Zeitgeist refutado” escreveram aquilo com base nos crentes de Jesus da altura, não houve um único autor que vivesse no mesmo tempo de Jesus. Se nós nascessemos e nos fosse imposto que o Capuchinho vermelho realmente existiu não o tratavamos da mesma forma? A destruição de Jerusalem (Cidade sagrada para os Judeus que supostamente crucificaram Jesus)após a morte de Jesus não é uma evidencia de que Jesus tenha existido, isto é pura demagogia!!!! Será que a destruição de Lisboa em 1755 devido ao terramoto também foi a ira de Deus? Ou então a cidade de Pompeia ou Sodoma e Gomorra… As evidencias nos Evangelhos foram escritas Após a suposta morte de Jesus. Não existe evidencia nenhuma de que Paulo de Tarso (O maior impulsionador do cristianismo nos prímordios) tenha visto ou co-habitado como Jesus.

Ponto6– Jesus Ressuscitou?

Novamente aqui não há nenhuma evidencia de que Jesus tenha existido quanto mais morto e ressuscitado ao terceiro dia. O que nos mostram no “Zeitgeist refutado” tem por base o que os apóstolos disseram e o suposto túmulo de Jesus que foi encontrado vazio. Tudo porque se o túmulo não tivesse sido encontrado vazio após o ressuscitamento era impossível o dispersar do cristianismo em Jerusalém… Mais uma vez partimos para a suposição, tudo não passa de uma história criada com base em contos e histórias passadas da boca de um para o ouvido de outro. O tal túmulo só foi supostamente descoberto recentemente, e sim estava vazio, como o estavam outros tantos que foram vitimas de pilhagem e saque ao longo dos tempos. Os especialistas da matéria têm enormes dúvidas em afirmar que aquele se trata do real túmulo de Jesus Cristo.

Ponto7– E sobre a Inquisição e as Cruzadas?

Okey neste ponto estou de acordo com o autor de “Zeitgeist refutado” mas não com base naquilo que Deus e Jesus afirmaram de “ama o proximo” antes porque tive uma boa mãe que me ensinou os principios morais de viver em cidadania, não matarás, não roubarás, não cobicarás as pertences dos outros… Se não fosse através destes principios básicos o mundo viveria em pleno caos maior do já existente hoje em dia… Os principios de Deus estão inerentes na base de todo o ser humano. Os bombistas-suicidas têm conciencia que é o seu Deus Alá que os manda abraçar uma carga de explosivos e implodirem-se… Como de costume as afirmações bíblicas de que esses falsos profetas viriam não são provas crediveis para a existencia de uma divindade superior. Toda a teoria tem sempre alguem que a tenta refutar, alguns são melhor sucedidos do que outros…

Ponto8– O que ensina a Bíblia?

As afirmações aqui descritas no “Zeitgeist refutado” é de que no “Zeitgeist original” a bíblia é mal interpretada de um ponto de vista moral. Errado, a bíblia é apenas um conjunto de histórias com um principio moral em comum, da mesma forma que a carochinha, os três porquinhos ou o capuchinho vermelho são contados às crianças de forma a distinguirem o bem do mal, a não mentirem e a não falarem com estranhos! O “Zeitgeist original” não diz para não seguirmos os 10 mandamentos por exemplo, nem para começar-mos a acreditar noutra religião. Aqui afirma-se que a bíblia ensina a termos fé de forma a ganharmos a vida eterna e não a ganhar a mesma com base em obras feitas.

Toda esta enorme refutação à propria refutação é baseada em factos reais e verídicos rápidamente encontrados na internet ou do conhecimento geral da maioria de todos nós. Nenhuma refutação foi criada com intuito de alterar a precepção do leitor deste post para a verdade.

Com base nisto acabo este post com esta frase: “Graças a Deus que sou Ateu!”

EDIT:

Aqui fica o link para o Zeitgeist: Refutado

A Desilusão de Deus (The God Delusion)

The God Delusion, de Richard Dawkins, ou em português A Desilusão de Deus publicado na editora Casa das Letras.

Um livro que me mostrou que é possivel argumentar racionalmente contra a crença religiosa e supersticiosa. Um livro que não deixa lugar para palavras ou argumentos baseados em trocadilhos ou interpretações incorrectas de teorias muito válidas. Como por exemplo, o FACTO da evolução.

De forma magistralmente bem argumentada, Dawkins mostra-nos como a mente religiosa perturba a sociedade actual e como nos impede de ser unos uns com os outros. A cima de tudo, o autor apela a um elevar da nossa consciência e mostra-nos através de exemplos como a nossa consciência é muito limitada inclusivé para questões práticas banais.

Não seria importante imprimir de vez em quando mapas do mundo com o polo Sul na parte de cima para nos relembrarmos que o hemisfério Norte não é o centro do mundo e que de modo algum fica para cima? Foi só um exemplo.

Dawkins batalha incesantemente na atrocidade que é a doutrinação de uma criança desde a sua nascença. Entupimos as nossos pequenos com crenças e mais superstições, ensinando-lhes o que pensar e não como pensar. Isto certamente deve ser combatido! Inclusivé, é apresentado um caso de uma rapariga que após ser molestada aos 7 anos de idade continuava a ter mais pesadelos com o Inferno a que pudesse ir parar após a sua morte do que por ter sido molestada. Felizmente, essa outrora criança é agora uma mulher sensata que conseguiu sair literalmente dessa prisão Infernal e ajuda outras pessoas a fazer o mesmo!

O que escrevi a cima nem sequer chega a um mini-resumo muitíssimo pobre do que é o livro. É seguramente um livro para todos os públicos, desde ateus a religiosos. Onde a posição do autor é, sem margem para dúvidas, uma posição de combate ao pensamento religioso.

A baixo ficam os títulos principais dos capitulos, traduzi-os diractamente do meu indice em inglês. Possivelmente a versão em português poderá ter uma tradução ligeiramente diferente. Os capitulos subdividem-se em subcapitulos com titulos mais especificos dentro do tema.

Capítulo 1 – Um profundo religioso não-crente

Capítulo 2 – A Hipotese de Deus

Capítulo 3 – Os Argumentos para a Existência de Deus

Capítulo 4 – O porquê de quase certamente não existir Deus

Capítulo 5 – As Raízes da Religião

Capítulo 6 – As Raízes da Moralidade: porque é que somos bons.

Capítulo 7 – O livro do ‘bem’ e a emergente moral Zeitgeist

Capítulo 8 – O que está mal com a religião? Porquê ser tão hostil?

Capítulo 9 – Infância, abuso e o escapar da religião.

Capítulo 10 – Uma lacuna muito necessária.

“Não é suficiente ver que um jardim é bonito sem ter de acreditar que existem fadas por de baixo dele?” – Douglas Adams (1952-2001)

O livro dos livros?

Vou-vos aqui mostrar um pequeno excerto de um dos documentários que mais me marcou até à data…

O excerto faz parte do documentário “The root of all evil?” de Richard Dawkins, e tudo o que está aqui transcrito foi confirmado por mim através da pesquisa na Biblia, sem continuar com rodeio cá vai disto: (PS: a tradução é minha seguindo as linhas de uma outra tradução já existente)

Certamente não seria tão mal, crer em códigos morais transmitidos para nós pela bíblia. Não nos dá a bíblia um marco moral para viver? Bem, não. Os textos santos são de origem e veracidade duvidosas, e com contradições internas. E quando olhamos de perto encontramos um sistema moral que qualquer pessoa civilizada de hoje reconheceria como venenoso.
O antigo testamento está em cada igreja e sinagoga do mundo, e é a raiz do Judaísmo, Cristanismo e Islão.

Deutrónimos 13:6:
Se o teu irmão, o filho do teu pai ou da tua mãe, ou teu filho ou filha, ou a esposa que abraças, tratar de te seduzir em segredo dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses!

Este é o concelho de Deus sobre o que fazer com um amigo ou familiar que te sugere que creias noutras divindades:

Deutrónimos 13:9-10:
Mas certamente o matarás, a tua mão será a primeira contra ele para o matar, e depois a mão de todo o povo, e o apedrejarás até que morra, já que ele tentou de te desviar de Deus.

O Deus do antigo testamento deve ser a personagem mais desagradável de toda a ficção. Zeloso e orgulhoso, inconsequente, vingativo, injusto, implacável, racista, limpador étnico, levando os seus crentes a cometer actos de genocídio. Se Deus não é um bom exemplo moral quem é? Abrão, o fundador das três grandes religiões monoteístas? O homem que voluntáriamente oferecia o seu filho Isaac em sacrifício? Talvez não… Que tal Moisés, cujas tábuas diziam “Não matarás”? Mas segundo o livro de Números ele se enfureceu por causa da piedade dos israelitas pelos midianitas conquistados. Ordenou matar todos os homens e todas as mulheres anciãs, seguindo de:

Números 31:18:
Porém, todas as jovens que não conheceram nenhum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para vós.

Como esta história de Moisés é moralmente distinguível do ataque de Hitler à Polónia, ou do massacre aos curdos por Saddam Hussein?

Então deixemos Moisés. Há personagens menores com dilemas morais mais cotidianos. Talvez eles proporcionem um melhor modelo a imitar.

No livro de Juízes, um sacerdote viajava com a sua esposa. Passaram a noite na casa dum ancião. Mas durante o jantar, uma multidão veio para exigir que o anfitrião lhes entregasse o seu convidado masculino.

Juízes 19:22 :
Trazei cá para fora o homem que entrou em tua casa, para que oconheçamos”.

Sim, no sentido “bíblico”.
Bem, o ancião respondeu:

Juízes 19:23-24 :
Irmãos meus, não se portem assim. Aqui estão a minha filha virgem e a concubina do homem, fá-las-ei sair agora, humilhai-as, e fazei delas o que parecer bem aos vossos olhos, porem a este homem não façais tal loucura

Então, desfrutem violando e humilhando a minha filha, mas mostrem respeito ao meu convidado já que é homem. Mas além do que esta estranha história pode significar, diz-nos algo sobre o status das mulheres nestas sociedades religiosas.

Agora, desde já, bons cristãos protestariam: todos sabem que o antigo testamento é desagradável. O novo testamente de Jesus, dizem eles, “Desfaz o dano e torna tudo certo.” Sim, não há dúvida de que de um ponto de vista moral Jesus é um enorme progresso. Já que Jesus, ou quem quer que escrevesse as suas linhas, não se conformava com sacar a sua ética das escrituras com as quais havia sido criado. Pois então, tudo deu para o torto.

O coração da Teologia do novo testamento, inventava depois da morte de Jesus, que esta é uma cruel doutrina sadomasoquista de tormentos pelo pecado original. A ideia é que Deus se encarnou num homem, Jesus, para ser horrorosamente torturado e executado para redimir todos os nossos pecados. Não só o pecado original de Adão e Eva, senão também futuros pecados, quer os cometamos ou não.
Se Deus queria perdoar os nossos pecados porque não simplesmente o fez? A quem quer impressionar? Pelos vistos a si mesmo, já que ele é juiz e jurado, assim como a vítima da execução.

Segundo a visão científica da pré-história, Adão, o suposto autor do pecado original, em primeiro lugar, nunca existiu, um embaraçoso feito que destrói a permissa de toda a retocida e cruel teoria de Paulo. Ah, mas só era uma história “simbólica” certo? Simbólica? Então Jesus submeteu-se à tortura e foi executado por um pecado simbólico de um indíviduo não existente? Ninguém, a não ser pela fé, poderia negar que isto é absolutamente demente.

Santa Bárbara e as nossas não crenças

Quando era puto, e como qualquer normal puto, fazia muitas asneiras, que normalmente resultavam em maselas no meu corpo, quer seja numa pequena rixa na primária ou um joelho esfolado ao andar de bicicleta…

Geralmente a primeira coisa que ouvia sempre que entrava em casa com a cara inchada ou com um joelho a escorrer sangue era: “Meu Deus…”. Porque é que a minha mãe se havia de lembrar de Deus quando eu entrava naquela lástima em casa? Resposta: A minha familia é cristã não praticamente, ou seja só se lembram de Deus e dos seus ideias quando faz jeito.

Voltando à santa do tópico, Santa Bárbara é na igreja cristã a protectora das tempestades, trovoadas e raios. Foi removida do calendário festivo cristão em 1969, mas continua a ser uma das santas mais acarinhadas de todas. As pessoas olham para o céu ameaçador de chuva e começam a rezar a Santa Bárbara para os proteger. Foi eliminada do calendário mas continua a ser de extrema utilidade quando é necessário… Ela deve de estar muito grata a todos os cristãos…